Recebi diagnósticos que até hoje não facilitaram minha vida, pelo contrário, me discriminam, me estigmatizam, me excluem, não é por acaso que estou de modo anônimo. O sofrimento psicológico, o adoecimento psicológico é um processo que nos revitimiza, que nos nos submete a um anonimato como se fôssemos infratores da lei. Temos de vergonha de sentir na pele, de adoecer por conta das mazelas do meio, do mundo que nos nos cerca.
Segundo alguns teóricos, transtornos como bulimia, tricotilomania, depressão, hipomania, ansiedade, tdah, tab, toc, fobia social, uso abusivo de ritalina e álcool me caracterizam. Não posso ser definida por construtos, mas, recebi o diagnóstico de TAB há 12 anos e há 18 anos lido com sofrimentos psíquicos. Conheci 13 psiquiatras ao longo da vida, estou quase PhD em ser cobaia. Quero vencer a mim mesma e contar minha história.
Translate
terça-feira, 22 de maio de 2018
Sou complexa ou sou doente?
Quantos anos sobreviverei?
Não me adapto!
E agora?
As drogas me ajudam a enfrentar as mazelas do mundo, as desumanidades, me anestesiam...
Quantos anos ainda seguirei?
Vi de perto o sofrimento humano, vivi, senti, às vezes me pergunto? Mas será que sou humana?! Não me aceitam, não me compreendem, será que faço parte?!
quarta-feira, 2 de maio de 2018
Meu Ritalina de cada Dia
oi, tem alguém aí?
Queria indicar um documentário que acabei de encontrar no Netflix, chama-se "Take your pills", estou assistindo há meia hora, mas fiquei ansiosa por comentar aqui, tem tudo a ver com o meu momento, meus vícios e de milhares de pessoas. "Antes as drogas eram usadas para distrair, agora são usadas para concentrar" para ser produtivo, um perfeito capital humano. Quero um documentário que mostre as consequências desse uso, mas elas ainda estão acontecendo. Eu nunca tive dúvidas de que não preciso dessa droga, tanto que respondo quando me perguntam, uso ritalina não porque sou doente, mas pq tento ficar em um ritmo aceitável pela sociedade, pois o meu não é aceito, não é compatível, não é de longe um ritmo que me faça um belo capital humano, minha família por exemplo não me deixam esquecer isso, e não os culpo, porque foi isso que eles aprenderam, para eles, se você não é capaz de competir e ganhar muito dinheiro, você não tem valor não importa o quanto estudou e o quanto mudou o ambiente ao redor. Então foco na produção, fazer o máximo no menor tempo possível... é lei para minha família e para a cultura reinante.