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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Dezembro e Janeiro: Sobrevivendo ao Caos



Dezembro foi um mês pesado. Cansaço, medo, ansiedade, crises de choro. O trabalho continuou sendo um gatilho enorme, e a coordenadora só piorava tudo. Tive dias de completa exaustão, onde sair da cama parecia impossível. A ideia de responder mensagens me paralisava, e o medo de lidar com qualquer pendência crescia. O sono estava todo bagunçado, e mesmo quando dormia bastante, acordava cansada.

Janeiro não foi muito diferente. Comecei o mês com esperanças de melhora, mas a realidade bateu forte. Ainda senti ansiedade extrema, irritabilidade e muita oscilação emocional. Alguns dias foram piores que outros – aqueles em que o medo do trabalho e das pendências me deixava paralisada. Teve momentos em que chorei do nada, outros em que só queria desaparecer.

Os remédios seguiram comigo:  Valproato, Carbolitium e Ritalina. Eles ajudam, mas não são mágicos. A Ritalina, por exemplo, me mantém funcional, mas às vezes acho que me deixa mais irritada. Tive dias de fadiga absurda, lentidão cognitiva e até visão embaçada, sem saber se era dos remédios ou do cansaço acumulado.

Tentei manter alguns hábitos que me ajudam, como alongamento, exercícios e técnicas de respiração, mas a constância foi difícil. O medo de voltar ao trabalho me dominou quase o mês inteiro. Cheguei a pensar que estava com depressão mista, porque além da tristeza, tinha pensamento acelerado e ansiedade absurda.

A verdade é que esses dois meses foram sobre sobrevivência. Nenhum recomeço mágico aconteceu no dia 1º de janeiro. Continuo tentando, um dia de cada vez, lidando com os altos e baixos. 

Um comentário:

  1. Olá Natt. Eu penso que deveria ir ao um psiquiatra pois só essa medicação não ajuda. Dá-me ideia que precisa também de um antidepressivo. As melhoras. Bjs.

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